Apito dourado, casa pia e a mania de sermos os maiores
Os portugueses dos governos têm sempre a mania de quererem ser sempre os melhores.
As grandezas nunca foram agoiro para uma boa governação, digo eu.
Se somos grandes devemos orgulhar-nos disso, mas temos também que ser suficientemente responsáveis, sérios e humildes para aceitarmos que somos (quando assim tem que ser) pequenos.
Andam muito empenhados em querer assinar o tratado da união europeia, para ficarmos na história e para poder ficar nos escritos "tratado de lisboa".
Lembro que nos tempos em que Portugal era uma grande potência. Nos nossos longínquos, sérios e memoráveis tempos dos descobrimentos (que os miúdos da agora praticamente não ouvem falar), alguns tratados foram assinados fora de portas e isso não fez de nós pequenos.
Ao mesmo tempo...
Não vejo qualquer preocupação em resolver definitivamente um caso que tanto nos deve envergonhar.
O processo casa pia e todo um comportamento deplorável e inaceitável de alguns (que continuam a apelidar, não sei porque) notáveis, que já deveria conhecer um veredicto há muito tempo continua a arrastar-se pelos tribunais, até (digo eu) cair no esquecimento e ficarem sem castigo esses que continuam a manchar a sociedade portuguesa.
Não vejo qualquer preocupação em punir aqueles, que a troco de procedimentos (que tantos teimam em associar aos italianos de Sicília) ludibriam milhares de pessoas, enchem os seus bolsos e desvirtuam a realidade e a história.
Só seremos do grupo dos bons, quando tratarmos as coisas de uma forma séria. E só depois poderemos pensar em ser, ou tentar, ser os maiores.
Pensem nisto.
Abreijos,
Paulo Cardoso
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Parabéns pelo seu trabalho.